terça-feira, 20 de abril de 2010

Adaptação Curricular

A educação obrigatória é um direito de todos os alunos. Por isso, é altamente necessário fazer todo o possível para que todos os alunos progridam e aprendam, para isso, é preciso esgotar todas as vias, métodos e meios de ensino que permitam aos alunos aprender e alcançar os objetivos educativos.
É preciso que o professor tenha consciência de que o aluno com necessidades educacionais especiais aprende sim, claro que de acordo com suas limitações.
As adaptações curriculares são estratégias educativas para facilitar o processo de ensino-aprendizagem em alguns alunos com necessidades educativas específicas. Estas estratégias pretendem, a partir de modificações mais ou menos extensas realizadas sobre o currículo ordinário, ser uma resposta à diversidade individual independentemente da origem dessas diferenças: histórico pessoal, histórico educativo, motivação e interesses, ritmo e estilo de aprendizagem.
De acordo com as orientações pedagógicas da SEDF (Fazendo a Diferença) as adequações curriculares não devem ser entendidas como um processo exclusivamente individual ou proveniente de decisão que envolva apenas o professor e o estudante. É importante lembrar que essas adequações devem realizar-se na proposta pedagógica da instituição educacional, no currículo desenvolvido em sala de aula propriamente dita, assim como no plano de trabalho individual com o estudante.
As adequações curriculares no âmbito da proposta pedagógica devem focalizar, principalmente, a organização da instituição educacional em relação à acessibilidade e aos serviços de apoio especializados necessários ao atendimento aos estudantes, bem como propiciar condições estruturais para que possam ocorrer dentro de sala de  aula e diretamente com o estudante, nos casos em que sejam necessários esses procedimentos.
Em se tratando do desenvolvimento do currículo em sala de aula, as medidas de adequação curricular são propostas pelo professor e destinam-se, principalmente, a programação das atividades em sala de aula. Além disso, focalizam a organização e os procedimentos didáticos-pedagógicos e destacam o "como fazer", a organização temporal dos componentes curriculares e a coordenação das atividades docentes, de modo a favorecer a efetiva participação e integração do estudante e, consequentemente, auxiliar na melhoria de suas condições de aprendizagem.
A grande maioria dos professores ja fazem adequações curriculares, porém raramente a registram formalmente. Quando o professor seleciona conteúdos adequados ao aluno, ele esta flexibilizando o currículo com o intuito de garantir a aprendizagem do seu aluno.
Qualquer aluno pode necessitar de uma adaptação curricular, mesmo que não apresente uma deficiência diagnosticada. Até mesmo uma estudante gestante necessita que durante sua licença maternidade seus trabalhos escolares sejam adaptados à sua condição, ainda que seja por um período determinado. 
O processo de flexibilização curricular não deve ser visto como mera modificação ou acréscimo de atividades complementares, pois corremos o risco de empobrecer o currículo não garantindo aprendizagens significativas, ou seja, devemos ter o cuidado de não abrir mão de conteúdos que são imprescindíveis aos alunos, aqueles que servem de pré-requisitos para outras aprendizagens. O ideal é buscar formas alternativas de trabalhar determinado conteúdo, buscando novas estratégias ou diminuindo o grau de dificuldade do mesmo para o aluno.
Estas ações devem ser planejadas e construídas tendo como referência, primeiramente, os conteúdos curriculares oficiais para a série/ciclo em que se está trabalhando, levando em consideração os objetivos fundamentais e os conteúdos essenciais para que o aluno tenha sucesso e promoção para série superior.

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